como é natural, não se fala noutra coisa senão na (mal)dita crise e noutro dia, num daqueles programas da tarde, estava uma senhora, já avó, que me impressionou por ter comprado casa e carro sem recorrer a créditos. A senhora desde nova mantinha apertado controlo sobre o dinheiro que ganhava e em trinta e tal anos de serviço levou sempre almoço de casa.
quem me dera, ter a minha casa ou o carro já pago, que alivio não seria.
fiquei a pensar no que mais podia fazer para contornar esta crise.
como tantas outras famílias, o crédito que temos da casa e do carro e as outras despesas todas eram facilmente pagas há uns bons tempos atrás.
entretanto, vieram os filhos, todas as despesas com eles, o custo de vida mais caro e os ordenados que não acompanharam esses aumentos.
pior, sofremos inclusive cortes ao fim do mês, que se reflectiu no ordenado do marido (que deixou de fazer horas extraodinárias e afins e que no fundo era este acréscimo que fazia o ordenado propriamente dito), fora os cortes que vamos ter com toda a certeza nos subsídios (sim, porque não tenho a ilusão que o sector privado vá escapar a esta medida).
isto para vos dizer que neste momento estamos, como acredito que está a acontecer com a maioria de vós, com dificuldade em cumprir com as nossas responsabilidades financeiras.
uma coisa é certa, temos de viver de acordo com o que ganhamos!
assim, voltámos a pegar no mapa do orçamento mensal e tomámos algumas resoluções:
2 - vamos reduzir a vinda da senhora que nos limpa a casa também para metade, ou seja, para duas manhãs por mês (bem sei que para muitos ter uma pessoa para limpar a casa é um luxo, para nós é uma grande ajuda que estamos a tentar manter, mas claro se for o caso de abrir mão deste pequeno luxo teremos de o fazer).
3 - até ao fim do ano, vamos tentar renegociar o seguro de saúde (já não precisamos da cobertura do parto)
4 - vamos estudar melhor os tarifários dos telemóveis e da internet, assim como avaliar se o pacote que temos de tvcabo+telefone vale a pena. Inclusive, deste último, estamos a pensar em desistir porque ao fim ao cabo, com dois filhos entre os dois meses e os quase três anos, quem é que tem tempo para ver televisão ou estar à conversa no telefone?
5 - também vamos tentar economizar 50 euros na factura do supermercado/compras.
e com isto, a ideia é mesmo de conseguir ter alguma folga em termos monetários, conseguir pagar tudo e seguir o conselho que as pessoas mais velhas tão sabiamente nos têm dado, que é viver abaixo dos nossos rendimentos.
a ver vamos se entramos em 2012 com o nosso mapa (e vida financeira) reorganizada.
em Fevereiro, volto a trabalhar, logo iremos ter mais uma despesa a cargo que é a creche da cria mais pequena (a mais velha já mudou de escola, agora está mais perto de casa e estamos a pagar menos do que na antiga).
estou confiante de que vamos conseguir!
[se quiserem partilhem as vossas resoluções, pode ser que ajudem a repensar as prioridades de quem por cá passa :) ]